sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Livros de 2010


Para manter a tradição, vamos à listinha de livros lidos em 2010. Consegui ser um pouco mais eclética que em 2009, mas ainda estou longe do ideal. Este é o meu plano para 2011: ler gêneros diversificados.

01) Atlantis -David Gibbins
02) O Último Merovíngio - Jim Hougan
03) Let the Right One In - John Ajvide Lindquist
04) Moon Called - Patricia Briggs
05) A Primeira Regra do Mago - Terry Goodkind
06) Dead as a Doornail - Charlaine Harris
07) A Mulher do Viajante do Tempo - Audrey Niffenegger
08) Sword of Truth - Vol. 2: Stone of Tears - Terry Goodkind
09) Os Homens que não Amavam as Mulheres - Stieg Larsson
10) Maligna (Wicked - The Life and Times of the Wicked Witch of the West) - Gregory Maguire
11) Definitely Dead - Charlaine Harris
12) All Together Dead - Charlaine Harris
13) Meu Reino por um Cashmere - Ana Cristina Reis
14) From Dead to Worse - Charlaine Harris
15) A Valsa Inacabada - Catherine Clément
16) A Vida Secreta das Abelhas - Sue Monk Kidd
17) Fallen - Lauren Kate
18) Blood Bound - Patricia Briggs
19) Dead and Gone - Charlaine Harris
20) Dead in the Family - Charlaine Harris
21) Depois do Funeral - Agatha Christie
22) O Ladrão de Raios - Rick Riordan
23) O Momento Culminante - Roberto Freire
24) The Hunger Games - Suzanne Collins
25) O Inimigo Secreto - Agatha Christie
26) O Guia dos Mochileiros das Galáxias - Douglas Adams
27) Os Crimes do Mosaico - Giulio Leoni
28) A Descoberta do Chocolate - James Runcie
29) Death's Daughter - Amber Benson

[Edit] Lembrei que em 2010 também reli Harry Potter e as Relíquias da Morte. Como li voando para dar tempo de terminar antes do filme (o mesmo para As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada) esqueci de anotar.

Também comecei dois livros: Olga e A Crítica da Razão Criminosa, mas ambos terminarão o ano inacabados. Vamos ver o que 2011 nos reserva.

Desafio Literário/Férias - Death's Daughter


Death’s Daughter – Amber Benson

Há muitos motivos para alguém comprar um livro, mas poucos o fazem por sentimento de culpa. Isso é reservado para seres raros (e tolos) como eu.
Sou fã de Amber Benson, a autora de Death’s Daughter. Para quem não a conhece (ou até conhece, mas não ligou o nome à pessoa), Amber interpretou Tara em Buffy (a personagem que veio mudar para sempre a vida de Willow e, por consequência, de todos ligados a ela). Desde então ela tem atuado mais por trás dos bastidores, com direção, roteiro e produção (embora continue atuando aqui e ali). Aventurou-se no mundo dos quadrinhos, escrevendo o roteiro de algumas obras (inclusive uma para Buffy) e também é corroteirista, coprodutora e diretora da série sobrenatural exclusiva para a internet, Ghosts of Albion.

Amber também está no twitter e é uma das pouquíssimas celebridades que eu sigo. E foi assim que eu cheguei a Death’s Daughter e Cat’s Claw, dois livros escritos por ela e que contam a história de Calliope Reaper-Jones, a filha da Morte. Ela postou alguns artigos que mencionaram seus livros e eu fiquei curiosa. Como nenhum tem tradução para o português, eu nem me preocupei em comprar, apenas os procurei na internet e baixei os benditos. E é aí que começa o meu sentimento de culpa.

Fiquei tão feliz por ter conseguido baixar os livros que comentei no twitter. Minhas palavras foram algo como “I finally got my hands on Death’s Daughter and Cat’s Claw. I’m so happy”. E qual não foi a minha surpresa quando Amber respondeu ao meu tweet agradecendo e dizendo-se muito feliz por eu ter adquirido seus livros!? O problema é que eu tinha baixando os benditos e me senti o ser mais baixo desta Terra. Então fiz um esforcinho, coloquei a mão no bolso e encomendei os citados livros (que tiveram que ser importados, pois não tinha por aqui, mas isso não vem ao caso).

Mesmo assim demorei cinco meses para ler o primeiro deles. Mas eis que terminei Death’s Daughter antes de encerrar 2010. Infelizmente não posso dizer que o livro me agradou. Não é ruim, mas também não é o meu objeto de consumo literário usual, a despeito do tema.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Recordar é reviver? - Buffy (1ª temporada)



Buffy – 1ª Temporada

Recentemente entrei em uma fase ‘recordar é reviver’. Primeiro foi Firefly, depois veio Arquivo X (ainda em curso) e agora Buffy.
A primeira temporada re-assisti em maratona, um episódio atrás do outro, e foi uma experiência inigualável. Há algo de especial em Buffy que te instiga a continuar e que mexe profundamente com o espectador.  Não é a toa que mobilizou uma multidão de fãs na época, os quais continuam fieis ao sentimento até hoje.
Mas re-assistir, por melhor que seja a série ou a experiência de revê-la não é a mesma coisa que ver pela primeira vez. É claro que o motivo é já conhecer o futuro, mas ao contrário de outras séries, onde o problema está em perder o elemento surpresa e com isso parte da graça, em Buffy conhecer demais significa sofrer duplamente.
É meio catártico revê-la com 16 anos, nova e inexperiente, aprendendo sobre quem era e quais os seus limites. É até bonito rever Willow tão jovem, inocente e cheia de bondade naquele coração que será tão massacrado e que sofrerá transformações tão profundas. Até mesmo Xander, que antes era apenas objeto de irritação, agora é visto com outros olhos (talvez porque eu cresci e amadureci, talvez porque lembre do amadurecimento do personagem, não sei).

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Desafio Literário/Férias - A Descoberta do Chocolate

Sinopse: Um jovem espanhol, Diego de Godoy, embarca em 1518 rumo ao Novo Mundo. Como muitos outros que fizeram a mesma viagem, ele parte em busca de fama e fortuna. Na América, luta ao lado de Cortès, o conquistador do México. No meio dessa campanha gloriosa, conhece Ignácia, uma nativa que inicia nos segredos sensuais do chocolate.
As circunstância, porém, rapidamente separam os amantes. Mas Ignácia, antes de partir, deixa com Diego um elixir da longa vida, que adiará sua morte por quinhentos anos. 
Acompanhado de Pedro, seu cachorro, ele vaga pelo mundo ao longo dos séculos em busca do verdadeiro amor, do sentida da vida e do chocolate perfeito.
A Descoberta do Chocolate é um romance antológico, que combina descrições poderosas, boas doses de sobrenatural e temperos perfumados que fazem de sua leitura um prazer inesquecível.

A Descoberta do Chocolate
Autor: James Runcie

Contra todas as minhas previsões, A Descoberta do Chocolate foi um livro bem fácil de ler. Diferente de como eu imaginava, não trouxe grandes emoções (na verdade, apenas uma, mais ao final do livro, que me fez chorar muito, tanto pela tristeza do acontecimento quanto pela grandeza do egoísmo do personagem) ou mesmo muita empatia diante dos acontecimentos, mas isso não prejudicou a leitura.
Na verdade, o livro é até interessante, leva-nos para diversos locais em inúmeros pontos da história (embora seu enfoque seja sempre o chocolate). O maior problema está no seu protagonista desprovido de qualquer carisma. Mas é perfeitamente possível gostar de um livro e desprezar seu personagem principal.
Diego de Godoy recebeu um presente glorioso: sua vida prolongou-se muito além do que qualquer outro ser humano poderia esperar. Infelizmente, ao invés de usar seus séculos a mais para aprender a ser um ser humano melhor, Diego foi um homem obcecado e egoísta. Só conseguia pensar em chocolate, no seu amor perdido (o que para mim era uma loucura, pois não consegui sentir simpatia ou aquele ardor entre os dois amantes quando se conheceram e tampouco durante as mais de duzentas páginas do texto)  e em como sua vida era extensa e sem significado. Ele tinha a oportunidade de influenciar vidas, fazer a diferença no mundo e mesmo assim escolheu fechar-se em seu próprio umbigo. 
Não bastassem os primeiros duzentos (ou trezentos, não estou bem certa) anos de sua vida terem passado como um sonho, sem que pudesse de fato aproveitá-los, o restante dos seus dias foi desperdiçado com medo de se entregar, com a obsessão com o chocolate (como alguém conhece providencialmente outros maníacos por chocolate em tudo quanto é canto que vai  é algo que está além da minha capacidade de compreensão), com o desejo de morte e até mesmo com  vícios (primeiro álcool, depois os jogos). Uma vida mesquinha, quinhentos anos que levaram o protagonista a decrescer como ser humano. Alguém que fora um Conquistador, notário do Imperador, jovem cheio de ímpeto, curiosidade e confiança, tornou-se um farrapo humano, um dejeto, a sombra dele mesmo.
Não dá para simpatizar com Diego e sua falta de capacidade de aprendizado, mesmo assim, é possível torcer para que um dia reencontre a sua amada. A infelicidade é que desperdiça quinhentos anos nesta busca e nada  positivo tem a entregar a ela ao final. Cinco séculos que poderiam ter vivenciado juntos tornaram-se séculos de amargor e desilusão e nem ao menos pode dizer que é um ser humano melhor, mais sábio e experiente.
O interessante no livro são as delícias culinárias criadas por Diego. Embora sua paixão seja o chocolate (e deixa o leitor com água na boca, ansiando por esta fina iguaria, e não apenas os nossos chocolates em barra feitos à exaustão e sem a qualidade e o refinamento que antes era dedicado a esta delícia), ele descreve praticamente tudo o que cozinha ou cria, e nos deixa com aquele desejo irresistível de experimentar todos os condimentos e aprender a fazer pratos tão interessantes ou elaborados.
É, afinal, um livro um pouco pretensioso, mas agradável à leitura. Poderia ser melhor? Com certeza, mas não é algo para ser descartado sem uma segunda olhada com mais carinho.
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Desafio de Férias 2010/2011

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Desafio Literário/Férias - O Inimigo Secreto (Agatha Christie)

Eu sou fã de Agatha Christie desde a adolescência. Lembro que devorei inúmeros livros em pouquíssimo tempo, porque se tem uma coisa que a autora sabe fazer, é envolver o leitor. Não é sem razão que ela é considerada a Dama do Crime.
Mas nem os melhores são perfeitos sempre e O Inimigo Secreto é prova disso. Tommy e Tuppence (também protagonistas de outros três livros e algumas outras histórias) são sem dúvida nenhuma os detetives mais sem sal criados por Agatha Christie. Eles tem a seu favor que a cada livro estão mais velhos e, portanto, menos tolos, e O Inimigo Secreto é apenas a primeira aventura dos dois, mesmo assim é difícil acompanhá-los página a página.
Aqui, Tommy e Tuppence são apresentados como jovens desempregados que se reencontram alguns anos após a guerra e decidem montar a sociedade Jovens Aventureiros Ltda. e, por acaso, vêem-se diante de uma investigação que pode mudar os rumos do Reino Unido. Para isso, precisam encontrar a jovem Jane Finn, desaparecida após o bombardeio do navio RMS Lusitania, e que acredita-se estar na posse de documentos que podem afundar a Inglaterra em um caos inimaginável.
O grande problema do livro é que ao casal falta carisma - ou pelo menos à Tuppence - e inteligência. Acostumada ao brilhantismo de Poirot e a perspicácia serena de Miss Marple, fica difícil acompanhar a falta de bom senso do casal e o ego inflado de Tuppence. E ainda pior são os elogios constantes que o casal recebe dos outros personagens por atos que para mim parecem no mínimo infantis.
Aos diálogos falta um toque de veracidade, tudo soa muito pomposo e fictício, difícil imaginá-los ocorrendo com pessoas reais. E a forma como todos são crédulos demais, como os personagens contam mais com a sorte do que com o cérebro e como se deixam engambelar por dissimulações tão claras, acabam tirando o brilho da história para o leitor.
Entretanto, se  há uma coisa que Agatha Christie faz bem - inclusive neste livro - é manter o seu criminoso bem escondido até o final. Você desconfia, na verdade desconfia até demais, sem conseguir olhar para alguém sem duvidar, mas só vai saber quem realmente está por trás de tudo no final. E me agrada ter acertado. Coroada de incertezas, tamanhas as idas e vindas dos personagens, mas o que importa é que apostei minhas fichas no criminoso certo.
Mas fico feliz de serem poucos livros com o casal Beresford, não sei se teria ânimo para aguentar a personalidade daqueles dois por muito tempo.

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Sim, eu sei que o livro não estava na lista original do Desafio de Férias, mas já que li o bendito, por que não incluí-lo? (Confesso que comecei alguns meses antes, mas tinha empacado ainda no início e resolvi renovar os meus ânimos e terminá-lo a tempo de participar do Desafio. Como li mais de 80% em dezembro, vale, não vale?)

As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada.

Fui ver Nárnia faltando pouco menos de 30 páginas para finalizar a leitura do conto. E embora eu tenha rangido os dentes com algumas mudanças (foram inúmeras, acreditem), no final posso dizer que esta foi uma adaptação muito boa. Se duvidar, melhor do que o próprio conto.
Nesta aventura, apenas Edmundo e Lucia são levados a Nárnia, e junto com os irmãos o irritante primo Eustáquio (Will Poulter, perfeito na caracterização do primo sabe-tudo irritante e reclamão). Pedro e Susana já são muito velhos para o mundo de fantasia e logo logo os dois Pevensie mais jovens também o serão, o que significa que o bastão precisa ser passado para outra pessoa, ou Nárnia ficará sem a presença de um filho de Adão.
Para a sorte de todos (minha em especial, porque o Ben Barnes é absurdamente lindo) Caspian continua reinando em Nárnia e apenas três anos se passaram por lá.
Mas desta vez não há um perigo real os assolando, muito pelo contrário, o reino vai muito bem, o que leva Caspian a juntar uma tripulação e sair pelo mar em busca dos sete fidalgos que o seu pai mandou para longe na ocasião da traição do irmão.
Não vale muito a pena ficar discorrendo sobre as alterações que o filme fez em relação ao livro, mas só para não deixar de implicar um pouquinho, no livro não tem esse grande mal que percorre todas as ilhas e tampouco a história das espadas que precisam ser colocadas sobre a mesa de Aslam. Assim como o homem atrás da esposa que foi levada em sacrifício e sua filha são criações do filme. Mas os passos dos personagens, que no fundo é o que importa, são basicamente os mesmos, a motivação é que difere no filme. 
Creio que entendo o porquê de algumas das mudanças: a necessidade de ação e de um vínculo com o espectador. O livro é meio solto, os personagens querem alcançar o ponto mais ao leste e chegar ao país de Aslam, mas tudo é pela aventura, pura e simplesmente. No filme não, há um objetivo: destruir a ilha negra e o mal que ela tem espalhado pelo derredor. Querendo ou não, isso possibilita uma gama bem maior de aventuras, de medos, de explosões de raiva, orgulho, inveja, avareza, assim como lutas constantes, espadas, flechas, prisões e magia.
E é esta história que permite a transformação do jovem Eustáquio, tão necessária para a continuidade da história de Nárnia. O garoto, que no início era nada mais do que um fardo para todos na tripulação, acaba passando por grandes mudanças (grandes mesmo, já que é transformado em um dragão) que acabam por moldar o seu caráter e demonstrar que lá no fundo há uma pessoa digna de respeito e admiração. Ele só precisava encontrar as pessoas certas e a situação adequada para ser depurado. E sem dúvida alguma Eustáquio brilha neste filme, seja como menino, seja como dragão. Impossível não chorar em algumas cenas (ou rir em outras).
O final é belíssimo e mais uma vez arrancou lágrimas que eu tentava com todas as forças não derramar. Vale lembrar que tanto livro quanto filme são carregados de simbolismo religioso, mas o livro é um pouco mais explícito, embora em nada o filme fique devendo à mensagem que C.S. Lewis desejava passar. 

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Desafio Literário/Férias - The Hunger Games

Alguém me lembre de não participar mais de desafios literários, por favor? Li o primeiro livro da lista há mais de 10 dias e ainda não tinha criado coragem para escrever a resenha. A preguiça impera em minha vida, socorro!!!
Mas como é bom espantar a poeira de vez em quando, tomei vergonha na cara, sentei diante do computador e aqui está ela.

The Hunger Games, o primeiro de uma série de livros escrita por Suzanne Collins foi o escolhido para iniciar o meu desafio. E como tantos outros antes dele, decidi pela leitura sem ter a menor idéia do que se tratava a história. E ponho a culpa no tumblr e a miríade de imagens com as tags #the hunger games series que invadiu o bendito. 
Como eu sou curiosa, fui pesquisar o que significava a tag, descobri que era uma série de livros e decidi ler. Assim, sem nem saber da história, porque a partir do momento que soube que leria, não perdi tempo procurando informações, fui atrás do livro.
Confesso que tinha medo que fosse mais um desses livros juvenis cheios de romances mal desenvolvidos e redação duvidosa, mas fico feliz em dizer que não foi o caso.

A história de The Hunger Games é até simples, mas rica e cheia de detalhes ao se olhar mais de perto. 

Amor por Acaso [Bed & Breakfast]

O que esperar de um filme dirigido por Márcio Garcia? Não muito, com certeza, mas se você se der ao trabalho de ver o trailer de Bed & Breakfast pode até ser enganado e achar que o filme talvez valha a pena. Sim, porque a bem da verdade é que o trailer é a melhor parte do filme.
Amor por Acaso (ou Bed & Breakfast) conta a história de Ana (Juliana Paes), uma brasileira, supervisora de uma loja de departamentos que perde o pai e herda uma dívida de R$ 500.000,00, sem falar do irmão que é viciado em jogo e precisa pagar R$ 8.000,00 se quiser continuar vivendo.
Para sorte da garota, o seu advogado (que só fala com ela em inglês, mas não posso pensar em nenhum motivo para isso além dele sentir saudades da sua terra natal, já que está morando no Brasil e advoga aqui) descobre um imóvel nos Estados Unidos, mais precisamente na cidade de Webster, que supostamente é uma herança que o pai de Ana deveria ter recebido na ocasião da morte da mãe. A venda do imóvel pode salvar Ana da bancarrota, então a garota acompanha o advogado aos Estados Unidos para tomar posse do que acredita ser seu de direito.
O problema é que o imóvel está ocupado por Jake (Dean Cain, a verdadeira razão de eu ter ido ao cinema assistir ao filme) que alega tê-lo recebido como herança de Flo, uma antiga amiga.
O tema é batido, a resolução também. Ou alguém acredita que algum outro final seria possível que não Ana se apaixonar por Jake e ficar nos EUA administrando a pousada que ele construiu no imóvel? E nem mesmo as aventuras pelas quais os personagens passam no decorrer do filme são originais. Casal em lua de mel se agarrando a todo momento, faxineira latina que se agarra no sofá com o advogado, crítico de hotéis visitando a pensão e Ana auxiliando Jake na cozinha, o que dá um toque diferente, acolhedor e exótico à pousada, ex-mulher do protagonista chegando na hora H e demonstrando ser um poço de egoísmo...é preciso dizer mais?
Se pelo menos os atores salvassem a coisa toda, mas nem isso. Os brasileiros foram uma vergonha e demonstram mais uma vez que estamos anos-luz de uma interpretação de qualidade. Infelizmente nem os gringos salvaram o dia. Não tinha viva alma que soubesse interpretar. Dean Cain era o melhor deles, e isso já diz tudo. Eu amo o ator, de verdade, mas até eu sei que ele tem um corpo lindo, rosto maravilhoso e uma simpatia sem tamanho, mas que a interpretação não é o seu forte.
Por isso nem vou mencionar o absurdo que é a protagonista herdar uma dívida de quinhentos reais. Não tenho a menor idéia da legislação americana, mas aqui herdeiro só paga dívida do falecido até o montante da herança recebida, e mesmo assim apenas se aceitar a herança. Se não há herança, a dívida não transmite ao herdeiro. Ou seja, toda a razão de existir do filme é furada. Socorro!!!
Passe longe.

***
Márcio Garcia faz uma aparição relâmpago no final do filme, como um dos hóspedes em uma propaganda muito descarada de shampoo. Esse povo não tem vergonha na cara mesmo. E só aqui entre nós, acho que Márcio Garcia nunca envelhecerá. Parece que congelou no tempo.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Desafio de Férias 2010/2011



Há séculos que quero participar de algum desafio de leitura, mas a verdade é que a preguiça e a falta de disciplina me impedem. Até li vários livros nos últimos meses, mas resenhar que é bom, neca de pitibiribas. Só que não deu para fugir deste desafio. A Naomi foi tão enfática em seu post que eu me rendi.
É claro que eu leria de qualquer jeito. Férias é a época do ano que mais leio, porque viagem combina com leitura de uma forma inexplicável, mas agora terei que fazer um esforcinho a mais e resenhar. O mais difícil, entretanto, foi escolher a lista de livros. E foi neste ponto que o Desafio de Férias saiu ganhando: você pode alterar a sua lista a vontade, desde que leia e resenhe pelo menos dois livros por mês.


Minha listinha:


Dez/2010:
- The Hunger Games (Suzanne Colllins)
- O Inimigo Secreto (Agatha Christie) (inclusão de última hora)
- Death's Daughter (Amber Benson) (inclusão de última hora)
- A Descoberta do Chocolate (James Runcie)


Jan/2011:
- Marcada (P.C. Cast e Kristin Cast) (inclusão de última hora)
- Darkly Dreaming Dexter ( Jeff Lindsay) (inclusão de última hora)
- Catching Fire (Suzanne Collins)
- Comer, Rezar, Amar (Elizabeth Gilbert) (inclusão de última hora)


Fev/2011:
- Dearly Devoted Dexter (Jeff Lindsay) (inclusão de última hora)
- Dream Warrior (Sherrilyn Kenyon) (inclusão de última hora)
- Bad Moon Rising (Sherrilyn Kenyon) (inclusão de última hora)
- Iron Kissed (Patricia Briggs)
- Flashforward (Robert J. Sawyer) (inclusão de última hora)
- Olga (Fernando Moraes)
- A Bússola Dourada (Philip Pullman)



Para os interessados, o post oficial do Desafio de Férias está aqui. Você que ama ler tanto quanto eu, ou quem sabe até mais (ou menos e está procurando um motivo para se esforçar) é uma ótima oportunidade de participar e ainda ganhar (se tiver sorte) algum brinde. É só se inscrever.