Sinopse: Clary Fray só queria que sua vida voltasse ao normal. Mas o que é "normal" quando você é uma Caçadora de Sombras assassina de demônios, sua mãe está em um coma magicamente induzido e você de repente descobre que criaturas como lobisomens, vampiros e fadas realmente existem? Se Clary deixasse o mundo dos Caçadores de Sombras para trás, isso significaria mais tempo com o melhor amigo, Simon, que está se tornando mais do que só um amigo. Mas o mundo dos Caçadores não está disposto a abrir mão de Clary - especialmente o belo e irritante Jace, que por acaso ela descobriu ser seu irmão. E a única chance de salvar a mãe dos dois parece ser encontrar o perverso ex-Caçador de Sombras Valentim, que com certeza é louco, mau...e também o pai de Clary e Jace.
Para complicar ainda mais, alguém da cidade de Nova York está matando jovens do Submundo. Quando o segundo dos Instrumentos Mortais, a Espada da Alma, é roubada, a aterrorizante Inquisidora chega ao Instituto para investigar, e suas suspeitas caem diretamente sobre Jace. Como Clary pode impedir os planos malignos de Valentim se Jace está disposto a trair tudo aquilo em que acredita para ajudar o pai? (Galera Record)
Livro: City of Ashes
Série: The Mortal Instruments (book 2)
Autora: Cassandra Clare
Editora: Simon & Schuster
Nº de páginas: 496
Posso dizer uma coisa sobre a série Os Instrumentos Mortais: quando você começa a ler, não consegue mais largar. Eu devorei os dois primeiros livros e estou morrendo de vontade de ler os próximos. E City of Ashes é muito bom, delicioso mesmo de ler. E ainda melhor do que o primeiro livro da série, que eu já havia gostado bastante.
Jace está bem mais palatável neste livro. Sua arrogância característica ainda está ali, e no início dá vontade de dar uma surra no garoto (embora eu entenda seus motivos), mas a autora o humaniza bastante ao longo da história. Ou fui eu que me acostumei com o seu jeito de ser (também pode ser isso). A única coisa que continua me irritando em Jace (e isso não é bem defeito dele, mas sim de como a autora resolveu escrever as coisas) é que ele está sempre por perto de Clary, é o único capaz de protegê-la etc. Quero dizer, a garota é teimosa, supostamente irmã dele, o pai é o causador de todo o mal, mas por que ele vai para a batalha com ela e deixa Alec e Izzie no Instituto? Por que nunca é um dos outros Shadowhunters que acompanham Clary? Isso me tira do sério, essa necessidade que a autora tem de sempre colocar Jace e Clary juntos em tudo quanto é situação importante.
Ainda sobre Jace, não gosto quando ele se refere ao pai como Valentine. Não importa o que o ex-Shadowhunter tenha feito, Jace passou a vida inteira chamando-o de 'pai' e só porque agora descobre que o seu nome verdadeiro é Valentine ele começa a se referir a ele desta forma? Se fosse o meu pai, eu não conseguiria começar a chamá-lo por qualquer outro nome assim, de uma hora para outra.
É bem verdade que Jace não faz isso sempre, mas mesmo nas poucas vezes eu fico incomodada.
Outra coisa que me incomoda é como Clary espera que Jace odeie o pai simplesmente porque descobriu que ele é na verdade Valentine, o tão famoso Shadowhunter que organizou o levante e desapareceu com a Taça 15 anos atrás. Clary odiá-lo é compreensível, afinal, ela nunca o conheceu e ele é o responsável por sua mãe estar em coma e ela estar metida até o pescoço no mundo sobrenatural, mas Jace? Tudo bem, Valentine foi um pai rigoroso, mas Jace o amava profundamente. Eu não conseguiria odiar o meu pai de repente, não importa o quão terrível eu descobrisse que ele na verdade era. Querendo ou não, Valentine é o homem que cuidou de Jace durante 10 anos, esteve presente nos momentos mais importantes de sua vida, e mesmo tendo forjado a própria morte, cuidou para que Jace fosse criado por pessoas que fossem cuidar dele de verdade e aceitá-lo como se fossem seus. Tudo bem, não foi totalmente altruísta a atitude de Valentine, mas o resultado foi o mesmo e isso é o que importa. Não me conformo com o egoísmo de Clary neste ponto em particular.