quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Livro: Cidade de Vidro (Os Instrumentos Mortais - Livro 3)

Sinopse: Clary está a procura de uma poção para salvar a vida de sua mãe. Para isso, ela deve viajar até a Cidade de Vidro, lar ancestral dos Caçadores de Sombras, criando um portal sozinha. Só mais uma prova de que seus poderes estão mais sofisticados a cada dia. Para Clary, o perigo que isso representa é tão ou menos assustador quanto o fato de que Jace não a quer por perto. Mas nem o fora de Jace nem estar quebrando as regras irão afastá-la de seu objetivo: encontrar Ragnor Fell, o feiticeiro que pode ajudá-la a curar a mãe.

Livro: Cidade de Vidro
Série: Os Instrumentos Mortais - Livro 3
Autora: Cassandra Clare
Tradutora: Rita Sussekind
Editora: Galera Record
Nº de Páginas: 476

Desta vez eu li o livro em português. Aproveitei que ganhei Cidade dos Ossos de amigo secreto (obrigada, Débora, era exatamente o que eu queria ^_^) e dei um jeito de comprar Cidade de Vidro em  uma promoção.

Já faz mais de uma semana que eu terminei de ler o bendito...deveria ter resenhado logo em seguida, mas a vida aconteceu e eu fui postergando, postergando e aqui estou eu, sem a menor ideia do que dizer agora.

O que eu gostei nesta série é que ela veio em uma crescente. O primeiro livro é bom, o segundo muito bom, e o terceiro é excelente. A história entra no seu sistema circulatório e você não consegue mais arrancá-la. Eu praticamente devorei Cidade de Vidro.

Pelo que eu pude compreender, este livro fecha a trilogia iniciada em Cidade dos Ossos. Sim, eu sei que a série continua com City of Fallen Angel, mas a história de Clary e Jace e a luta dos dois contra Valentine foi encerrada. Comecei a ler o 4º livro, mas já no primeiro capítulo fica claro que tanto o rumo dos acontecimentos quanto o enfoque dos personagens são outros.

Mas voltando a Cidade de Vidro, o que eu previa aconteceu. Faltou coragem para a autora manter a situação entre Clary e Jace inalteradas. Não posso dizer que eu tenha ficado feliz com a saída mais confortável do drama criado pela autora lá no primeiro livro, mas ela tem a seu favor o fato de que, pelo menos, a forma como foi revelado que eles não são irmãos foi um tantinho original.

Era de se esperar que Jace fosse realmente Jonathan Waylard, mas não, ele era na verdade o filho de Stephen e neto da Inquisidora. Quem diria!? Fiquei surpresa ao descobrir que Valentine extraiu o bebê de dentro da mãe quando ela se matou ainda a tempo de salvar a criança. E podem dizer o que quiserem, eu acredito que Valentine tenha amado Jace de verdade, muito mais do que chegou a amar o próprio filho (sim, o verdadeiro Jonathan Christopher apareceu!).

Gostei de como toda a batalha aconteceu. Embora tenha me irritado um pouco com Jace e suas atitudes ao descobrir que tinha sangue de demônio (o que depois foi comprovado ser mentira, piorando ainda mais as ações e pensamentos de Jace aos meus olhos), foi legal a luta contra Sebastian. E o melhor é que a dúvida persiste: estará Sebastian (bom, Jonathan Christopher na verdade) vivo ou morto?

A invocação de Raziel por Valentine também foi especial. Eu cheguei a sentir pena do ex-Shadowhunter pela forma como foi tratado pelo anjo. O coitado viu o trabalho de toda a sua vida escorrendo por entre seus dedos. Mas o melhor mesmo foi a forma como descobriu que Clary e não ele era o senhor do círculo invocatório. Só não tenho certeza se fico feliz ou triste com o pedido de Clary. Parece-me tão egoísta pedir pela vida de Jace quando tantos ao seu redor tinham morrido e a própria Idris estava um caos. Por outro  lado, fico pensando como eu agiria se fosse alguém que eu amasse que estivesse ali, morto aos meus pés e eu tivesse a chance de trazê-lo de volta. Acho que nessas horas acabamos usando bem mais a emoção do que a razão.

Mas tudo está bem quando acaba bem. Durante os três livros vimos muito sofrimento, muita coisa dando errado, mas no final as coisas se ajeitaram. Simon recebeu a Marca de Caim, o que lhe garante proteção (embora tenha alguns revés..nem tudo foram flores para Caim), Clary e Jace puderam ficar juntos sem dor na consciência, Alec assumiu o namoro com Magnus (adoro esses dois juntos...um casal bem mais interessante que os óbvios Jace&Clary) e Luke finalmente declarou o seu amor para Jocelyn (e o mais importante, ela retribuiu). Isso sem falar na união dos Shadowhunter com os Downworlders e o lugar para cada uma das raças no Conselho, graças à Clary, mas que permitiu levarem Valentine à derrota.

Agora só nos resta esperar pelos próximos livros e saber o que a autora tem programado para os outros personagens, já que eu acredito que Jace e Clary não serão mais os protagonistas. Tanta coisa para ser explorada...

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Sim, eu sei que este foi um texto curto e não muito profundo. É o que dá esperar tantos dias para escrever e ler outros dois livros depois. Mesmo assim eu quis colocar algumas palavras no papel (bom, não bem no papel...) porque é importante para minhas referências futuras. Eu não costumo ter uma memória muito boa e daqui alguns meses (ou anos), será legal ter algo escrito que me lembre do quanto eu gostei de ter lido este livro e de quantas reações exacerbadas eu tive, e de como ele me consumiu por inteiro até eu terminar a sua leitura. Meus pobres amigos é que o digam, já que eu ficava comentando e reclamando e me exaltando durante todo o tempo em que eu li. Mas cada minutinho gasto valeu a pena e é uma série que eu recomendo muitíssimo.

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