domingo, 4 de dezembro de 2011

Review: Terminator: The Sarah Connor Chronicles – The Good Wound

Texto postado originalmente no site Teleséries (2009).




Série: Terminator: The Sarah Connor Chronicles
Episódio: The Good Wound
Temporada: 2ª
Número do Episódio: 23 (2×14)
Data de Exibição nos EUA: 13/2/2009
Data de Exibição no Brasil: 22/3/2009
Emissora no Brasil: Warner


Estou ciente do alto índice de rejeição dos fãs a este episódio, mas eu o amei, total e completamente (Edit: e quando o revi agora, em 2011, continuei amando tanto quanto das primeiras vezes que eu o vi). Quando passou originalmente nos Estados Unidos esse episódio foi o primeiro depois do hiato do final do ano. E no trailer, que foi fantástico, diga-se de passagem, aparecia a cena do Kyle dando a mão para a Sarah e ajudando-a a se erguer entre outras cenas de ação (Edit: e teve ainda outro trailer, tão interessante quanto). Então imaginem como eu me senti esperando mais de dois meses pelo episódio. Estava quase com uma úlcera. Pensava em mil e um motivos para o Kyle ter aparecido. Visão? Um futuro alternativo? Alguma outra cena em que a Sarah não estivesse envolvida? Ele foi mandado para o passado mais de uma vez? (É, até teorias ridículas e absurdas como esta passaram pela minha cabeça). Mas no final foi algo até bem simples, mas não menos especial.

Vi muita gente reclamando desse episódio por ser mais uma vez centrado na Sarah e, pior, nas loucuras da personagem. E eu digo que não poderia discordar mais. Achei cada minutinho do episódio fantástico em todas as vezes que o assisti. Essa foi uma das poucas vezes que eu realmente simpatizei com a Sarah e pude enxergar ali a Sarah Connor e não apenas uma personagem patética interpretada pela mais patética Lena Headey. E foi incrível como ela se mostrou uma pessoa totalmente diferente quando estava perto do Reese. Ali estava a Sarah de verdade e não a mulher assustada e endurecida que o conhecimento do futuro a obrigou a ser. Ali nós vimos a mulher por quem Kyle Reese se apaixonou e que sabe ser gentil e doce ao mesmo tempo em que é forte e determinada.

Eu gostei particularmente das alucinações. Muito reclamei da escolha do Jonathan Jackson para o papel de Reese. Ele tem carinha de anjo demais (embora a idade correta). O pai de John era forte e seguro de si. Era bonito (Deus, como eu gostava do Kyle Reese do Michael Biehn), mas o que atraía nele era uma mistura de gentileza com capacidade e determinação. Para mim ele parecia invencível. O Reese de Jackson é delicado demais, bonitinho demais, sufocado demais pela guarda constante de Derek. Mas nesse episódio em que ele esteve bem longe do irmão mais velho, nós o vimos pelos olhos de Sarah (que mesmo depois de tantos anos continua amando-o como jamais será capaz de fazer com qualquer outra pessoa). E ela o vê como um salvador, alguém que mudou a sua vida e em quem ela confia plenamente. Era a mente dela falando em todos os momentos, é claro, mas sua mente lhe dizia exatamente o que Kyle diria na mesma situação e disso não tenho a menor dúvida. Todas as cenas com ele foram muito boas. Ainda acho que Jonathan Jackson não foi uma escolha acertada para o papel, mas esse episódio me fez gostar um pouquinho mais do seu Kyle Reese.

A única coisa que eu odiei de verdade foi a conclusão da situação entre o policial e a médica. Foi horrível! Do nada ele estava ali xingando-a e apontando a arma para ela. Não tinha sentido. Tudo bem que eles quiseram mostrar que ela vinha sendo abusada e que por isso se identificou com a Sarah, mas foi desnecessário e a cena ficou pedante. Sem mencionar que o cara se mostrava um policial muito bom e surtar naquela hora foi no mínimo ridículo (Edit: e hoje em dia percebo que o fato de eu gostar muito do ator e simpatizar demais com os outros personagens dele que eu tinha visto até então, deixou-me ainda mais frustrada com essa mudança súbita do policial).

O mais legal foi que finalmente os esforços de Sarah deram frutos. Aquela fábrica de fato era uma fachada para a construção de algo a partir do Coltan.

O que nos leva a John Henry e Weaver.

Sinceramente, eu adoro as cenas na Zeira Corps. Eu já disse, mas repito: odiava o Dillahunt como Cromartie, mas me divirto horrores com seu John Henry. As suas observações perspicazes acerca das articulações humanas e as sinucas nas quais ele coloca Ellison são impagáveis. O ex-agente continua chatíssimo, mas não posso negar que ele e John Henry sempre rendem boas sequências.

E a IA enunciando tranquilamente que Weaver é uma máquina foi muito bom, assim como todas as pesquisas que ele faz. As vezes não sei se Catherine gosta do rumo do desenvolvimento de John Henry ou se fica apreensiva por conta de seus planos. O que eu sei é que ela não gostou nadinha de saber que os funcionários da fábrica se comunicaram (e até mencionaram o Coltan!) em uma linha não segura e o resultado disso foi um massacre total. Eu adorei. Ela foi tudo o que uma exterminadora precisa ser: eficiente sem derramar uma gota de suor. Não tinha espaço para os humanos fugirem. Eles estavam condenados no momento em que ela saiu daquela sala nos porões da Zeira Corp (Edit: confesso que fiquei vendo-a matar todos um a um e não podia deixar de pensar que os humanos no futuro deviam estar bem encrencados lutando contra exterminadores do mesmo modelo que ela).

Agora resta-nos observar qual será o desenrolar desta história.

E só para não dizerem que eu não comentei, aqui estou eu, dizendo que nem só de Sarah e Catherine foi esse episódio. John estava longe da mãe, pois levou Riley ao hospital depois da tentativa de suicídio (cheguei realmente a pensar que a loirinha tinha morrido). Ele fez uma escolha ao levá-la para o hospital e de fato teria que viver com a situação. E cá entre nós, se não fosse por Jesse aparecer e levar a garota embora, John estaria meio enrolada com os assistentes sociais, policiais e etc.

Mas dessa sequência de acontecimentos tiveram duas parte que eu gostei em especial. A primeira, quando John pergunta à Cameron o que o seu eu do futuro faria numa situação como aquelas e ela responde que o John do futuro não tinha tempo para se preocupar com aquele tipo de coisa (e é fantástico que ela percebe a diferença nas vidas e circunstâncias de ambos os Johns, e por isso lida com as situações de maneiras diferentes), e a segunda foi a cena entre Jesse e Riley no quarto do hotel. Eu acho muito interessante o olhar de quase adoração que Riley tem pela mulher mais velha. Aliás, ainda não me decidi se Riley realmente tentou se matar ou se ela estava chamando a atenção. A pergunta é se queria a atenção de John ou de Jesse.

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