quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Review: Terminator: The Sarah Connor Chronicles - To The Lighthouse


Série: Terminator: The Sarah Connor Chronicles
Episódio: To The Lighthouse
Temporada:
Número do Episódio: 29 (2x20)
Data de Exibição nos EUA: 27/03/2009
Data de Exibição no Brasil: 03/05/2009
Emissora no Brasil: Warner

Não fiz resenha deste episódio quando assisti em 2009 e nem sequer tenho muita inspiração no momento para escrever alguma coisa mais elaborada, mas achei que o episódio merecia pelo menos algumas palavras, principalmente por ser tão triste e revelador.

Após os eventos passados Sarah resolve mudar a família de lugar. Só que desta vez parte com John e deixa Derek e Cameron arrumando as coisas para encontrá-los depois. E, confesso, ela me pegou desprevenida ao ir procurar por Charley. Eu sinceramente não esperava por isso. Mas foi bom termos a oportunidade de rever John com o único homem que amou o suficiente para ver como um pai substituto. Na verdade, acho que a pior decisão de Sarah foi a de deixar Charley por medo da seriedade dos seus sentimentos. Muita coisa teria sido diferente na vida de todos eles se ela não tivesse se acovardado e partido.

Enquanto eu assistia ao episódio eu estava bastante irritada com Sarah e toda a sua desconfiança tanto de Derek quanto de Cameron. Sua falta de fé na exterminadora eu posso compreender (ainda mais com Cameron defeituosa), mas culpar Derek por ser humano? Por ter amado Jesse com a mesma intensidade com a qual ela amou Kyle? Eu não posso aceitar essa desconfiança de Sarah e muito menos a hipocrisia dela, de ficar falando sobre relacionamentos, a humanidade é tudo o que importa etc, e na hora H culpar alguém justamente por ser humano e reagir como uma pessoa normal.

Mas ao mesmo tempo acho que posso tentar desculpá-la quando lembro que ela pensava estar com câncer e que sua hora havia chegado. Quem iria proteger John? Quem iria amar John e mantê-lo humano? Todos os indícios mostram que no futuro John será alguém temido, respeitado e terrivelmente solitário, então, quem poderia manter o garoto vivo e ainda criá-lo com a humanidade necessária para ser mais do que um soldado no futuro, mas principalmente um homem, com sentimentos e emoções?

A resposta é óbvia: Charley. Os Connor destruíram a vida do paramédico, foram responsáveis pela morte da esposa dele e mesmo assim Sarah tinha certeza de que Charley amava John o suficiente para dar a vida pelo garoto e ainda assim, ser mais do que um guardião, e sim ser uma figura paterna e amorosa. E eu não posso repreendê-la por pensar assim, pois eu mesma enxergo todo o carinho que esses dois tem um pelo outro.

Ou tinham. Ainda não consigo acreditar que Charley morreu. Eu chorei tanto, mas tanto, que achava que tinha ficado sem lágrimas para o resto da minha vida. Mas não é verdade, porque estou aqui chorando enquanto escrevo a resenha e, sendo bem sincera, chorei em cada uma das vezes que assisti a este episodio.

Não posso crer que os roteiristas mataram Charley. E sinto por John também, que terá que carregar consigo mais este peso, pois sabe que Charley só perdeu a vida porque John estava ali. E não importa que Sarah tenha sido 'grampeada', se não fosse a preocupação com o filho, Sarah não procuraria o ex, e o paramédico ainda estaria vivo.

Este final de temporada está sombrio...

As coisas para Cameron e Derek também não estavam muito fáceis. Como eles foram descobertos? Pelo que entendi, foi uma IA como John Henry que sabia as especificidades de Cameron e usou Derek para ter acesso ao chip da exterminadora, mas...como tiveram conhecimento dos dois? Foi devido à incursão ao funeral dos mortos na fábrica? Foi lá que a IA soube dos Connor, de Derek e de Cameron? Mas quem monitorava aquele lugar não era Weaver? Estou enrolada com esta história do grupo Kaliba, John Henry, Weaver e o 'irmão' de John Henry.

Aliás, com o ataque a John Henry as coisas começam a esquentar e não vai demorar muito para Weaver e os Connor cruzarem os seus caminhos. Eu realmente gostaria de saber quais são os planos de Weaver e de qual lado ela está. E o tal 'irmão' de John Henry? Quem construiu a IA? Qual o propósito? Tudo o que tenho é um grande nó na minha cabeça...

******
Só um pensamento antes de finalizar. Foi bom Derek saber sobre o aborto de Jesse. Triste, mas adequado. Se ele de fato a matou, ficará penalizado, mas é libertador saber o motivo pelo qual ela agiu como agiu. Que não foi traição pura e simples, mas sim foi movida pela dor da perda de algo mais importante do que qualquer outra coisa que esta vida poderia lhe dar. Não  há como odiá-la sabendo disso.

2 comentários:

Isabel disse...

Nunca assisti Sarah Connor, mas sua resenha - e e a falta do que fazer das férias - meio que despertou minha curiosidade. Antes não era tão aberta para séries de ficção científica produzidas nesse século (sim, besteirinha de nerd pseudo-cult, mas fazer oq) por priorizarem os efeitos especiais em detrimento da construção do mundo em que se passa, mas Terra Nova (que é muuito legal) meio que abriu minha mente quanto a isso. Bom, fora isso, curti bastante teu estilo de escrita ^_^

Mica disse...

Oi Isabel. Antes de qualquer coisa, quero dizer que fiquei muito feliz por você dar uma passada aqui e comentar. Eu pensava que ninguém lia as resenhas de TSCC ^^.
Espero que você dê uma chance à série e consiga gostar tanto quanto eu. Na verdade, se você gostar metade do quanto eu gosto já é lucro. Sou apaixonada por Sarah Connor Chronicles.
Terra Nova eu acabei não assistindo. Até baixei os primeiros episódios, mas as críticas foram tão negativas e eu tinha tanta coisa acontecendo comigo no final do ano que acabei deixando de lado. Sem falar na decepção que tive com Falling Skies (a qual eu também resenhava e, vai por mim, é muito difícil escrever semana após semana sobre algo que não te empolga como deveria). Não digo que nunca verei, mas não está nos meus planos para as próximas semanas.

Eu tenho sentido falta de ficção científica mais inteligente ultimamente, ou pelo menos com roteiros coerentes...mas principalmente, com um público fiel, que não as abandonem e as deixem à mercê do cancelamento.

Mais uma vez te agradeço, não apenas por aparecer por aqui e ler, mas também por perder uns minutinhos comentando. É muito legal isso.

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