sexta-feira, 13 de abril de 2012

Livro: The Mortal Instruments - Book Four: City of Fallen Angels

Sinopse: A Guerra Mortal acabou e Clary Fray está de volta a sua casa em Nova York, empolgada com todas as possibilidades à sua frente. Ela vem treinando para tornar-se uma Caçadora das Sombras e mais importante de tudo, ela pode finalmente chamar Jace de namorado (e não mais de irmão). Mas nada vem sem um preço. Alguém está matando Caçadores das Sombras que costumavam fazer parte do Círculo de Valentine, provocando tensão entre os Downworlders e os Caçadores das Sombras, o que pode levar a uma segunda guerra. E quando Jace começa a se afastar da namorada sem qualquer explicação, Clary é forçada a procurar a raiz do problema, cuja solução revela seu pior pesadelo: ela mesma iniciou uma reação em cadeia que pode levá-la a perder tudo o que ama. 

Livro: The Mortal Instruments: Book IV – City of Fallen Angels
Autora: Cassandra Clare
Editora: Simon & Schuster
Páginas: 432

Eu estava esperando o 4º livro da série Os Instrumentos Mortais ser lançado no Brasil (em algum ponto deste ano) para iniciar minha leitura, mas uma ressaca literária gigantesca me forçou a buscar algo mais leve e ágil para ler, caso contrário eu correria o risco de ficar eternamente empacada nas páginas enfadonhas de alguns livros que iniciei e estou avançando a duras penas.

Assim, resolvi dar uma chance ao arquivo de City of Fallen Angels que eu tinha aguardando no meu computador desde o final do ano passado (não me julguem, eu leio sim coisas da internet, mas sempre busco comprar o livro depois se a história e o autor merecerem).  E não me arrependi nem por um segundo, já que foi uma leitura extremamente prazerosa.

A despeito do que diz a sinopse logo acima, este 4º livro não é inteiramente focado em Clary e Jace. Eles têm o seu lugar na história, mas a autora se preocupa em mudar um pouco o foco para outro protagonista: Simon Lewis, o amigo de infância de Clary, transformado em vampiro alguns livros atrás.

Simon é o meu personagem preferido, então isso por si só já garante o meu prazer na leitura, mas a história não deixou a desejar em momento algum, mesmo quando o foco eram os outros personagens. Irrita um pouco os eternos problemas de Jace e Clary, mas a partir de um certo ponto foi possível aceita-los um pouco melhor, porque deram início a um novo rumo para a história, o que será melhor desenvolvido nos próximos livros.

Sim, isso quer dizer que City of Fallen Angels terminou com gancho para a sua continuação. Notícia maravilhosa, mas eu estaria enlouquecida se não soubesse que o 5º livro da saga sairá agora em maio lá fora. Só espero que continuem explorando mais os outros personagens e não apenas Clary e Jace.

Eu gosto muito de Clary e até mesmo de Jace, mas não gosto dos dois como um casal. Esse tempo entre a leitura do 3º e o 4º livro me fez aceitar um pouco melhor os dois e o fato de que Simon nunca terá Clary – na verdade, adorei Simon com Isabelle, embora seja complicado imaginar um vampiro adolescente em um relacionamento sério com uma Caçadora das Sombras que irá envelhecer e morrer muito antes que ele (se é que ele morrerá, pois a Marca de Cain atrai a quem o ataca a fúria e vingança de Deus – no sentido mais destruidor da expressão). O que não consigo engolir é a personalidade de Jace e suas atitudes quando está com Clary. Ele é muito fechado, nunca divide com ela o que está passando e isso acaba trazendo sérios problemas não apenas para o relacionamento dos dois, mas para a vida deles como Caçadores das Sombras. Quase todas as vezes que esses dois se meteram em confusões (e por conseqüência colocaram todo mundo em alguma dificuldade mortal) foi por falta de comunicação, por segredos, medos, orgulho e arrogância. Era de se esperar que depois de tudo o que passaram esses dois tivessem aprendido alguma coisa e não cometessem sempre os mesmos erros.


Por outro lado, é na convivência com os outros – Simon especialmente – que Jace tem o seu ponto forte. As cenas que ele divide com Simon e com Jordan Kyle (o lobisomem que foi escalado para cuidar de Simon, que afinal, é um vampiro novo e sem clã) são as melhores. O rapaz fica muito mais sociável e interessante quando está com os dois downworlders.

Também me irrito com esta insistência que o povo tem em tentar dissuadir Jace da ideia de que Valentine era o seu pai. Ora, pai não é quem te põe no mundo, é quem cuida de você, e isso Valentine o fez. Por 10 anos esteve ao lado de Jace, e mesmo depois era a pessoa que o rapaz via como figura paterna. Só porque descobriram que os dois não são do mesmo sangue não mudará a forma que um vê ao outro.

Tudo bem, Valentine foi o maluco que iniciou a Guerra Mortal e ainda matou Jace (o que levou Clary a desejar ao Anjo para trazê-lo de volta à vida e assim dar início a toda a confusão deste 4º livro e seguintes), mas também foi a pessoa que o ensinou, que o alimentou, que esteve ao seu lado por toda a sua infância e, querendo ou não, permeia seus pensamentos até hoje. Deixem o rapaz enxergar o vilão como pai! Deixem-no amá-lo! Amar o pai, mesmo que esse pai seja um assassino cruel, não fará de Jace uma semente maligna, muito pelo contrário. Mostra que ele tem um coração de ouro, capaz de amar o inimigo e ainda assim lutar contra ele pelo bem da humanidade.

Sim, fico irritada com esse sentimento de autopiedade de Jace, já deu o que tinha de dar, está na hora de virar a página.

Seja como for, as coisas irão esquentar agora que Jonathan voltou ao mundo dos vivos (desculpem, não gosto de chamá-lo de Sebastian...ele não é e nunca foi Sebastian, se não por umas duas semanas...não sou idiota que preciso usar outro nome para diferenciá-lo de Jace). É triste pensar que Lilith (a 1ª mulher de Adão, a mãe dos demônios) usou Simon para que a ressurreição pudesse ocorrer... não tão triste quando pensar que Simon iria de fato sacrificar a si mesmo para que Clary pudesse viver. Eu queria um amigo assim.

Os outros personagens também apareceram, uns com maior destaque, outros menos. Alec e Magnus apareceram pouco – mas eu ria muito imaginando Jace vendo as fotos que Alec enviava para ele, mostrando suas viagens com Magnus – Isabelle e Maia apareceram mais, já que as duas estavam namorando Simon e boa parte do livro foi sobre o envolvimento do rapaz nesta trama louca que era trazer Jonathan de volta à vida.

O livro também introduziu um novo personagem, Jordan Kyle, que é ninguém menos que o ex-namorado de Maia que a transformou em lobisomem. Gostei dele, embora me incomoda um pouco ver um jovem vivendo como entregador (lobisomem ou não) e feliz com isso. Um guri na idade dele deveria estar estudando, fazendo faculdade, construindo o seu futuro...

Também senti pela confusão de Simon com a mãe. Era de se esperar que a boa Sra. Lewis fosse perceber que havia algo de errado com o filho. O que eu não imaginava é que ela iria olhar para ele como um monstro, um ser das trevas que veio e tomou o lugar do filho que amava. Golpe duro para o rapaz. Estou ansiosa para ver como ele lidará com a situação (já que decidiu que é hora de enfrentar a mãe e a sua condição de uma vez por todas).

A aparição de Camille, a vampira que é a verdadeira mestra dos vampiros de Nova York (e não Rafael, o único que conhecíamos até então) me deixou curiosa para ler Clockwork Angel, o primeiro dos livros da série The Infernal Devices. Já está na minha listinha.

E agora resta-nos a dúvida de como será a vida daqui para frente. Eu fico na torcida para que Jace finalmente se aceite e que possamos ver Alec um pouco mais no centro da ação. É sempre muito bom quando podemos ver o restante dos Caçadores das Sombras em ação. Também não reclamaria se Clary passasse a treinar todos os dias... neste mundo mortal que vive, treinamento constante nunca é demais. E se de quebra também fizeram da mãe dela um pouco mais atuante e menos lamuriosa, eu também agradeço.

***
PS: Fiquei extremamente feliz por ver Simon na capa, ao lado de Clary. Como eu gosto desse garoto!

2 comentários:

Rogéria Rizette disse...

Li a resenha só até o ponto em que não tem spoilers, daí parei. Quero muito ler, mas ainda faltam 3 volumes da Irmandade para acabar. E eu tenho que continua a ler, pelos motivos que vc sabe muito bem. =D

Mica disse...

Eu estou como livro da Irmandade empacado, pq comecei a ler As Brumas de Avalon para emprestar para uma amiga e quero terminar até o final de semana (o 1º volume, pq o tempo anda escasso, snifs, snif).Preciso de um kindle urgente, hehehehe

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